Se um dia tivéssemos oportunidade de conhecer melhor o que outras religiões pregam, iríamos descobrir que na maior parte das vezes elas tem muito mais semelhanças do que diferenças com nossa própria fé. Lembrei disso lendo as palavras de Buda transcritas nessa imagem.
O Budismo, como se sabe, é uma religião baseada nos ensinamentos e na filosofia de Siddhartha Gautama, líder religioso que viveu na Índia, cuja bondade e sabedoria lhe valeram o título 'Iluminado', e que conta com cerca de 500 milhões de seguidores em todo o mundo.
Muitos dos pensamentos de Buda são inspiradores e merecem uma reflexão mais aprofundada, o que me fez pensar: Quantos pensamentos criamos por dia? Quantos sentimentos temos por dia? E fiquei em dúvida sobre o que tenho pensado, sentido e dito para mim mesmo, ao longo de cada dia.
Se, por suposição, o que pensamos, sentimos e dizemos ao longo de cada dia fosse como um campo a ser arado, e se no final de cada dia, quando anoitece, olhássemos para trás para conferir o que produzimos naquele dia, iríamos ficar orgulhosos com o que plantamos? O que o Budismo nos diz com essas palavras é simplesmente que colhemos o que plantamos.
A maior parte de nós agradece pouco e reclama muito. Reclamamos de tudo, das coisas ruins que nos acontecem, dos problemas, das adversidades e de tudo que nos contraria. E agimos como se tudo aquilo fosse gratuito e injusto, como se não tivéssemos nada a ver com o surgimento daquelas situações. E não lembramos que através de cada palavra, pensamento e sentimento mais íntimo, ao longo de cada dia, estamos forjando o que virá para nós mesmos amanhã.
Todos sabemos como é difícil focar a mente em coisas positivas, altruístas e nobres. Vivemos ainda num mundo atrasado, onde a violência, injustiça e todo tipo de imperfeições morais predominam. E isso nos impregna, nos contamina, gruda na gente como piche, e sem que percebamos nos leva muitas vezes a agir da mesma forma.
Mas, assim como lavamos as mãos antes de cada refeição, ou da mesma forma como tomamos um banho ao chegar em casa para nos livrar da imundície que gruda em nosso corpo ao longo de um dia na rua, devemos cuidar também da higienização permanente de nossas mentes e pensamentos.
Não é fácil, mas se conseguirmos nós seremos os primeiros beneficiados.
E ao final de cada dia ficaremos em paz quando olharmos para trás e virmos o que plantamos.
Publicado em 28.06.2018