Não sei por que as cerimônias de abertura de olimpíadas de inverno são sempre mais fraquinhas que as das Olimpíadas pra valer (ou Olimpíadas de Verão, como os americanos gostam de dizer), mas imagino que deve ser porque existem menos países competindo, as modalidades de esportes são menores, e a verba também deve ser menor.
Como quase todos brasileiros, eu sou fascinado por esportes de inverno e com muita neve, coisa que não temos por aqui, e assistir esses eventos, para mim, é quase como presenciar uma competição entre marcianos, venusianos e jupiterianos, disputando esportes em outro planeta, sob outra gravidade e com nomes que eu não entendo: Luge, Skeleton, Bobsled, Esqui Nórdico e Esqui Alpino (há diferença?) e Biatlo, com certeza são nomes que nunca fizeram parte de meu vocabulário. Mas como a gente está sempre aprendendo, acho que vale.
Mas o que eu acho mesmo interessante é ver as delegações brasileiras fazendo parte destes eventos. Para mim isso é como botar esquimós para participar de uma partida de vôlei de praia, em Copacabana, em dezembro, ao sol do meio dia.
É claro, os brasileiros vão lá para aprender e desenvolver suas técnicas para obter melhor desempenho em competições futuras, todo mundo sabe disso. E tenho certeza que após participar desses eventos, nossos atletas poderão, num futuro próximo, mostrar um desempenho muito melhor nas competições brasileiras de Hockey no Gelo, Sky Cross-Country e Salto com Esqui, esportes, como sabemos, muito populares no Brasil, e com imenso potencial de crescimento por aqui.
Mas falando sério, o que eu mais gosto de assistir nas olimpíadas de inverno é a patinação artística no gelo, o que me faz lembrar um balé clássico dançado por equilibristas. Pura arte.
E o que mais me diverte é assistir aquele outro esporte onde os jogadores escovam freneticamente o gelo por aqueles pesos que mais parecem chaleiras vão deslizar. Parece que o nome daquilo é Curling. Puro humor.
Publicado em 12.02.2018