Fiquei sabendo que uma grande preocupação vem dominando o planeta nas últimas semanas, e não se trata da reabertura de fronteiras, da pandemia ou da economia. É a pipoca.
Parece que com a programada reabertura das salas de cinema, exibidores, autoridades médicas e sanitárias não estão conseguindo chegar a um consenso sobre se é seguro ou não consumir pipocas durante a exibição dos filmes. Considerando que assistir filmes sem pipocas é algo impensável para muita gente, e também que a venda de pipocas é responsável por grande parte do lucro dos exibidores, dá para compreender a profunda seriedade e extrema gravidade da questão.
Médicos alegam que remover máscaras para consumir pipocas num ambiente lotado e fechado representará um alto risco para todos, enquanto exibidores argumentam que para comer um saco de pipocas basta ficar sem máscara durante 15 minutos, o que não representa nada comparado a um restaurante, onde todos ficam horas sem máscaras.
Para complicar ainda mais a discussão, eles alegam que deve ser considerado o fator emocional-sentimental-psico-social da pipoca, que, dizem especialistas, é responsável por transmitir alegria e relaxamento, fatores essenciais para superar momentos difíceis como o que estamos atravessando.
Como os cinemas ainda não reabriram, eu não estou nem um pouco preocupado com essa discussão, até porque nunca dei a mínima para pipocas de cinema. Pipocas de verdade para mim sempre foram aquelas vendidas nas carrocinhas de rua, as únicas autênticas e de qualidade insuperável.
E para superar momentos difíceis ainda não inventaram nada melhor que chocolate.
Publicado em 13.08.2020