De acordo com estudos recentes parece que a Itália pretende passar a classificar como idoso apenas quem tem mais de 75 anos pois já está comprovado que pessoas com 65 anos tem as mesmas aptidões físicas e cognitivas que uma pessoa de 45 anos tinha há cerca de três décadas (eu já sabia disso há muito tempo). Isso permite interessantes reflexões, inclusive a respeito da tão falada reforma previdenciária, mas nem vou entrar aqui nesse mérito.
No Brasil, nossas leis consideram oficialmente idoso quem tem mais de 60 anos, e a partir dessa idade temos direito à meia entrada em quase tudo, fila exclusiva em bancos e supermercados e também - ao menos no Rio de Janeiro - andar de ônibus e metrô sem pagar (a partir do 65 anos).
Por outro lado, somos vistos muitas vezes como debióides mentais, o que já aconteceu comigo. Já fui atendido em lojas por vendedoras que aparentavam estar falando com um retardado, como se minha capacidade de compreensão fosse extremamente limitada. A isso chama-se preconceito, o qual é filho da ignorância. Mal sabem essas pessoas que eu as poderia derrotar por 7 a 1, em praticamente qualquer tema.
Nos Estados Unidos, por exemplo, idosos com 80 e 90 anos dirigem, trabalham e fazem de tudo em todos os lugares. Em praticamente toda Europa não existe fila exclusiva para ninguém, nem passe livre em transportes em função da idade. No oriente idosos são reverenciados por sua experiência e conhecimento acumulado, sendo que diversas empresas já adotam isto como um fator diferencial na hora de fazer contratações.
Considerando tudo isso, se amanhã eu fosse morar na Itália e deixasse de ser considerado idoso isto seria para mim um Upgrade? ou um Downgrade?
Publicado em 06.12.2018