Adoro o bolo da Dita. Gosto de uvas rosadas e amo sanduíches abertos, daqueles bem altos. Sou louco por salame colonial cortado em fatias grossas e por queijo bem curtido. Vou às alturas com um assado de vazio acompanhado de salada de batatas e farinha branca. Aprecio batatas pringles e sou capaz de morrer por panquecas com maple syrup. Sou fã de panzerotti ao quatro queijos e rins com batatas. Tenho longos papos com as rodelas de abacaxi e sou capaz de passar noites em claro com pêssegos em calda.
Possuo uma obsessão inexplicável por lombinho assado com farofa. Conto os dias para rever o bacalhau ao Dom Rodrigo, sinto atração física pelo garlic bread do Nando's, fico doidinho com o buffet do Harvester, sou capaz de vender a mãe (dos outros) pelo afternoon tea do Harrods, adoro casquinha de chocolate belga e também waffles belgas (serve brasileiro mesmo). Amo polentas fritas. Ando com muitas saudades do doce de goiaba com queijo catupiry do Lamas e nunca consegui me recuperar da perda do diabólico do Gordon.
Tenho desejos inconfessáveis e suores frios por scones com clotted cream, fui apaixonado pelo croissant da Viena, sonho todas as noites com o café colonial de Gramado e tenho pesadelos a respeito de um dia a pizza do Marble Arch acabar. Já fui acusado de assédio à Bomba Royal do Mercado Público, mas permaneço fiel ao café com leite e pão quentinho com manteiga derretida, embora continue amante da macarronada ao alho e óleo. Sofro com uma paixão dividida entre o pudim de chocolate e a torta de limão de Regina.
Nunca esqueci a maionese de batatas da tia Laira, conto os dias para reencontrar o cachorro quente da Vó M e sinto muita falta da torta de aveia da Dona Zélia. Adoro aquele Múúúú do refrigerador quando abro a porta para pegar um chocolate chip ice cream do Ben & Jerry's. Amo polentas fritas. Serei eternamente apaixonado pelo pão caseiro da Vó Chiquita e nunca vou esquecer os momentos de felicidade que suas saladas de fruta me proporcionaram. Me satisfaço em segredo com minha própria torta de maçã.
Nunca encontrei nada igual aos jantares em avião (fazem parte da emoção da partida) e seus cafés da manhã (fazem parte da emoção da chegada). Guardo uma insana paixão à distância pelo breakfast do Denny’s e pelo lunch do Cracker Barrel. Amo polentas fritas. Gosto de pipoca salgada, nozes e figos secos. Nutro um sentimento que não sei explicar pelas passas de pêssego e acho que milkshake de morango do Bob’s é tudo de bom. Sou amiguinho das jujubas vermelhas e me dou bem com as amarelas.
Pastéis de queijo e eu somos unha e carne, mas em toda minha vida só tive uma grande paixão: Os bombons de cherry da Kopenhagen. Tenho um relacionamento amigável com lasagnas, mas sou capaz de perder a cabeça por um prato de língua fresca com ervilhas. Se preciso for, torço até pela Argentina para ter na minha frente um assado de tira ou um bife de chorizo com papas fritas. Viro criança com olho de sogra, brigadeiro e quindim. Morro de saudades do mondongo ensopado.
Sorvete e torta de chocolate com nata batida por cima é o paraíso. Não vivo sem pão. Escondo uma paixão platônica por saladas de folhas com queijo e crouton, sou membro do fã clube das sopas de capeletti, fundei a associação de alucinados por galeto ao primo canto e sou sócio remido do clube das costelas bovinas.
Já falei que amo polentas fritas?
Publicado em 25.12.2017