Streaming

 

Houve um tempo em que quem não queria assistir os programas normais na TV bastava assinar a Netflix. E pronto, tudo estava resolvido. Mas como 2020 não é um ano para amadores, e nele o que valia ontem não vale hoje, também na área dos filmes as coisas mudam a cada 24 horas.

Atualmente existem mais plataformas de streaming (aprendi essa expressão há pouco tempo, e estou usando para mostrar que sou uma pessoa antenada) do que ofertas de máscaras no Instagram, e é aí que começa o problema.

Todos os dias o caderno de cultura do jornal traz dicas do que assistir durante o isolamento, mas quando leio tenho a impressão que elas foram redigidas num código cifrado, ou talvez eu não entenda porque parei no tempo, especificamente na metade do século passado. 

As dicas do que assistir trazem coisas do tipo: Não perca hoje à noite o filme **** disponível no Crackle. Não dá pra perder a série **** exibida no EI Plus. Amanhã será exibido **** no Philos. Está sendo exibida a 2ª temporada de  **** no DramaFever. Não perca a estréia de **** hoje, no Mubi.  A partir de 4ª feira estarão disponíveis todas as temporadas de **** no SbCinePlay. 5a feira vai estrear o épico cult **** no Looke. De hoje até sábado será possível assistir **** no SnagFimls. Isso tudo sem falar na Apple TV, SpcinePlay, Afroflix, Curiosity Stream e muitas outras plataformas.

Se alguém tinha dúvidas que o hábito de assistir televisão também vai mudar após a pandemia, é melhor aceitar logo o inevitável. Na lista de coisas que vieram para ficar estão também as 137 plataformas de streaming (total até as 21:14 hs desta 3a feira, quando escrevo isso, amanhã o número já deve estar maior).

Daqui pra frente, dentro do Novo Normal, além de andar com máscaras e sentar em mesas distanciadas cada vez que for a um restaurantes, vou precisar também aprender a andar no labirinto das plataformas de streaming.   

E justo agora que eu tinha conseguido entender como funciona a Netflix. 

 

 

Publicado em 08.06.2020